Filme recria ambientes da década de 50 e 60
Para representar a época em questão, “Flores Raras” contou com o trabalho de parceria entre fotografia e direção de arte. O longa retrata a relação de amor entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares e a poeta americana Elizabeth Bishop. “Flores Raras” não abandona releitura fiel dos lugares pelos quais a história de amor das duas se passou. A Região Serrana fluminense, a cidade de Nova York e o próprio Rio de Janeiro foram recriados cuidadosamente no longa.
Lota, que é interpretada por Gloria Pires, foi idealizadora do Parque do Flamengo. Para recriar o momento de construção do Parque, por exemplo, a equipe do filme foi gravar numa fazenda localizada no bairro do Recreio, Zona Oeste do Rio. O espaço tem uma enorme área aberta, que remete ao local que estava sendo construído. A equipe gravou na fazenda e em seguida no próprio Aterro do Flamengo, fazendo a junção dos espaços na pós-produção e dando a ideia de volta no tempo. Segundo Mauro Pinheiro, diretor de fotografia do filme, o posicionamento de câmeras no espaço recriado foi tamanho, que até o movimento do sol foi estudado e representado na posição certa:
"Vivi muito tempo no Flamengo, então o parque sempre foi familiar pra mim. O sol no parque nunca está à direita do Pão de Açúcar, por exemplo. Tivemos essa preocupação de encaixar esse espaço na rota do sol e quando formos ao Aterro filmar o mar e o entorno, tínhamos essa correspondência", detalha o fotógrafo.
Pinheiro conta que a opção por planos abertos ajudou a ilustrar esses espaços pelos quais o filme remetia. Segundo ele, quem assiste a “Flores Raras” vivencia o romance das duas personagens sem estar inserido num contexto claustrofóbico. O espectador é apresentado a uma grande quantidade de paisagens recriadas. O diretor lembrou ainda, que muitas cenas de continuidade precisaram de recursos digitais para alcançarem resultado. Mauro Pinheiro citou o exemplo de um jardim, que não poderia ser destruído e acabou apagado através de efeitos especiais. Ele acredita que o trabalho conjunto da fotografia com a direção de arte do filme foi fundamental na recriação desses espaços específicos. Para o fotógrafo, é impossível inclusive demarcar onde um dos departamentos deixa de interferir no que é definido pelo outro.
"Esses dois departamentos ficam misturados. Era um trabalho muito difícil e entrava esse terceiro elemento dos efeitos digitais. O jardim da casa da Serra não podia ser destruído, mas no começo do filme ele está em construção, então foram os efeitos que o derrubaram. Tinha a luz, a arte e os efeitos com os três aspactos caminhando juntos".
Em parceria com o trabalho realizado por Mauro na fotografia, a direção de arte de “Flores Raras” foi comandada por José Joaquim Salles. O diretor de arte reforçou que o uso de efeitos especiais foi fundamental para a releitura da época. Para ele, a ambientação de “Flores Rarars” para o período antigo aconteceu graças a uma cooperação mútua de seu departamento aliado ao de fotografia e também ao trabalho do diretor Bruno Barreto. Salles relembrou as dificuldades de preservar os espaços da época do filme e, em sua opinião, o maior desafio estético ao voltar no tempo foram as variações da moda ao longo dos anos, que acaba transformando o que é antigo em atual. Segundo Salles, muitos elementos da década de 50 como móveis e artigos do gênero voltaram a ser usados hoje em dia."Um problema grande foi que tem muita coisa que voltou a ser moda hoje em dia, então, por mais que tivesse a ver com a época, ainda ficava com cara de atual. Tivemos que nos desdobrar e procurar outras referências para fazer o ambiente ter cara de anos 50 e 60", observa o diretor de arte.
Em parceria com o trabalho realizado por Mauro na fotografia, a direção de arte de “Flores Raras” foi comandada por José Joaquim Salles. O diretor de arte reforçou que o uso de efeitos especiais foi fundamental para a releitura da época. Para ele, a ambientação de “Flores Rarars” para o período antigo aconteceu graças a uma cooperação mútua de seu departamento aliado ao de fotografia e também ao trabalho do diretor Bruno Barreto. Salles relembrou as dificuldades de preservar os espaços da época do filme e, em sua opinião, o maior desafio estético ao voltar no tempo foram as variações da moda ao longo dos anos, que acaba transformando o que é antigo em atual. Segundo Salles, muitos elementos da década de 50 como móveis e artigos do gênero voltaram a ser usados hoje em dia."Um problema grande foi que tem muita coisa que voltou a ser moda hoje em dia, então, por mais que tivesse a ver com a época, ainda ficava com cara de atual. Tivemos que nos desdobrar e procurar outras referências para fazer o ambiente ter cara de anos 50 e 60", observa o diretor de arte.
“Flores Raras” estreou nos cinemas no último dia 16. O longa, que segue em cartaz em todo o país, é uma coprodução Globo Filmes.
Fonte: Globo Filmes
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